Anais do Encontro Regional Nordeste da ABRAPSO
Eixos temáticos
ISSN 2965-226X
Eixos temáticos
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Este eixo acolherá trabalhos que contemplem o debate público a respeito da realidade social brasileira, considerando especialmente o contexto de agravamento das crises política, social, cultural, econômica, humanitária e epistemológica intensificadas nos últimos anos no país e as políticas de morte potencializadas pelos neo/ultraliberalismos das instâncias governamentais. Propõe-se que a questão seja discutida considerando sua relação e efeitos quanto às diversas formas de desigualdades sociais - racismos, sexismo, capacitismo, preconceitos, liberdades políticas e invisibilidades sociais. Pretende pautar discussões em Psicologia Social realizadas junto a pesquisadores/as e movimentos sociais e/ou coletivos envolvidos no exercício da democracia, na luta pela cidadania, na produção intelectual e denúncias das violências e opressões de grupos e pessoas historicamente excluídas da garantia de direitos humanos.
Este eixo acolherá trabalhos que sinalizem horizontes de ação possíveis frente à tarefa de reconstrução do país no atual momento histórico. Para isto, considera a construção de um olhar psicossocial para a realidade da região Nordeste e seus territórios de (re)existência. Objetiva apresentar e refletir a importância das ações políticas antifascistas, antirracistas, anticapitalistas e das diversas vertentes feministas no enfrentamento ao neoliberalismo, ao pensamento conservador e aos retrocessos no campo dos direitos. Assim, esse eixo propiciará um espaço de trocas e de proposições de lutas e resistências, a partir de iniciativas diversas que incluam o aprendizado mútuo com os movimentos sociais, comunidades, povos tradicionais e universidade - conjuntos de agentes com os quais a psicologia constrói conhecimento, luta política e atuação profissional. Quanto à formação e produção do conhecimento em Psicologia Social, o eixo propõe pensar suas teorias, epistemes, compromisso ético-político e técnicas de investigação, considerando sua diversidade e pluralidade.
O presente eixo pretende reunir estudos, pesquisas e práticas realizadas junto aos movimentos sociais e/ou coletivos envolvidos na luta pela cidadania, nas formas de enfrentamentos às violências e opressões de grupos e pessoas historicamente excluídas da garantia de direitos humanos. Propõe também discutir as desigualdades sociais relacionadas aos racismos, preconceitos, liberdades políticas e invisibilidades sociais presentes no cotidiano deste país. Apresentar e refletir a importância das ações políticas anti fascistas, anti racistas e anti capitalistas no combate ao neoliberalismo, frente ao avanço do pensamento conservador e retrocessos no campo dos direitos. Assim, esse eixo propiciará um espaço de trocas de experiências, reflexões críticas e propositivas para superação coletiva das desigualdades históricas étnico-raciais, a partir de iniciativas diversas que incluam o aprendizado com os movimentos sociais.
Este eixo pretende reunir pesquisas, estudos e experiências que envolvam temas relacionados à formação em Psicologia Social, às suas teorias, epistemes e técnicas de investigação, considerando sua diversidade e pluralidade. Tem como premissa, em consonância com a proposta do encontro, a valorização da relação do saber e da formação com perspectivas críticas, antirracistas e anticoloniais. Cabe considerar a produção de conhecimento e a formação em seus compromissos ético-políticos, deslocando e questionando a perspectiva hegemônica e eurocêntrica nas ciências. É necessário atentar para as perspectivas de classe, raça e gênero na produção de conhecimento e na formação em Psicologia. Cabe também atenção especial para os saberes de fronteira, das culturas e povos tradicionais e para a formação e produção de conhecimento no Nordeste.
Esse eixo é composto por pesquisas e práticas em Psicologia Social que discutem políticas públicas articuladas com o enfrentamento à necropolítica e a defesa dos direitos humanos. Em articulação com o tema geral do encontro, o presente eixo incluirá estudos que abranjam a luta antirracista e suas interseccionalidades, no âmbito da intervenção estatal e suas políticas públicas. Serão realizadas discussões que se insiram em diferentes políticas públicas, e seus contextos macro e micropolíticos, tais como: Sistema Único de Saúde (SUS), Sistema Único de Assistência Social (SUAS), educação, trabalho, cultura, as políticas de segurança pública e encarceramento e suas precarizações, e as políticas de morte potencializadas pelos neo/ultraliberalismos das instâncias governamentais, sobretudo, no atual contexto pandêmico.
Este eixo tem o objetivo de promover o debate sobre territorialidades frente à luta antirracista, com a qual a psicologia social vem cada vez mais comprometendo-se. Contempla um olhar psicossocial para a história e realidade, sobretudo, da região Nordeste, sendo as comunidades e povos tradicionais entendidos como conjuntos de agentes políticos com os quais a psicologia precisa aprender e construir conhecimento. Entendemos a noção de território como complexa e diversa, não referente apenas ao chamado espaço rural, como também desconstruindo o rural enquanto paisagem natural, estática, espaço vazio, atrasado ou incivilizado. O campo, ao contrário, é visto em sua dinâmica contemporânea e transformações sócio-históricas, principalmente relativas ao processo de globalização (da desigualdade), expansão do agronegócio e luta pela terra. Nos territórios campo-cidade, destacam-se vários movimentos sociais que fazem resistência. Consideramos nesse contexto: as territorialidades e interseccionalidades, meio-ambiente, identidades, tradições, relações intergeracionais, cultura, práticas em saúde, entre outras temáticas transversais. Abarcaremos também as questões referentes aos desafios ético-políticos, epistêmicos e metodológicos para os fazeres da psicologia social relacionados com a questão de território e modos de vida.
Este eixo tem como proposta discutir estudos, pesquisas e relatos de experiências com o enfoque no uso de categorias de análise social (tais como: gênero, raça, classe, sexualidade, questões geracionais, religião, corpo, territorialidade etc.) para qualificar e ampliar o debate sobre relações de poder, ideologias, história das sociedades humanas, sistemas econômicos e estruturas políticas, tendo como base os estudos e as práxis das diversas vertentes feministas, os estudos sobre masculinidades e/ou os estudos queer. Propõe-se refletir a partir da interlocução de trabalhos que articulem essas perspectivas com a psicologia social e a luta antirracista, baseados na interseccionalidade como instrumento teórico-metodológico e analítico. Desse modo, pretende-se acolher proposições acadêmico-científicas e profissionais que contribuam com discussões sobre: racismo, machismo, feminicídio, LGBTQIA+fobia, feminismos, masculinidades, dissidências sexuais e de gênero, capacitismo, etarismo, colonialismos, xenofobia, intolerância religiosa, especismo, sistemas de produção e reprodução, regulação social, desigualdades socioeconômicas e outros. Promovendo, por fim, um espaço para a reflexão de estratégias que alcancem a compreensão de questões identitárias e de diferenças sociais como construções políticas e culturais.